Promover a viabilidade econômica e financeira de investimentos com responsabilidade gerencial e a capacitação de habilidades empreendedoras.
Soluções Financeiras e Econômicas no Campo Corporativo
Ética – Parceria – Respeito - Excelência – Precisão - Segurança
Implantação de práticas e políticas efetivas para alcançar os objetivos do negócio, valorizando o principal ativo da empresa, os colaboradores.
Coaching Executivo para Líderes e Gestores
Treinamento e desenvolvimento de Pessoas
Pesquisa e Análise de Clima Organizacional
Orientação e implementação de modelo da Avaliação de Desempenho
Retenção dos Talentos
Implantação e Gestão de Plano de Cargos e Salários
Gestão Financeira
Gestão dos principais controles financeiros Gestão Financeira de Curto Prazo: Melhorando o perfil da Liquidez Gestão Financeira de Longo Prazo: CAPEX e Retorno Performance Financeira
Melhore o desempenho do seus funcionários com práticas organizacionais que aumentam a produtividade.
Monitoramento, Avaliação e Direcionamento da Gestão (Planejamento, Execução e Controles)
PROCESSOS
Definição do organograma de processos e dos líderes dos processos
Gestão de processos (desenhos atuais x propostos) para efeito de produtividade.
Levantar processos atuais, consistir retrabalho, avaliar eficiência dos controles, atestar consistência das informações.
Implantação e gestão do planejamento estratégico
Implantação e gestão do orçamento por centro de custo e orçamento global
Direção e monitoramento dos processos através de indicadores de desempenho (avaliação mensal)
Envolvimento dos diretores, presidência e acionistas nos resultados.
Implantação e gestão das reuniões dos líderes dos processos (semanal)
Auditoria nos processos contábeis e principais relatórios.
Prestação de conta (accountability)
Monitoramento dos processos
Calculando o valor da sua empresa
Valuation: Qual o valor da sua empresa?
Valoração para Compra e Venda de Empresas
Processos de dissolução de sociedades
Processos de Negociações com Investidores
Definição dos principais métodos de valoração
Análise da Viabilidade do projeto: implantação, expansão, relocalização, ampliação, desenvolvimento de novos produtos.
Avaliação do projeto com base nas estruturas de Operação, Investimento e Financiamento
Elaboração da melhor estrutura de capital (Dívida e Capital Próprio)
Estimativas dos orçamentos da receita, dos custos e despesas
Estimativas das linhas de resultado
Estimativa do CAPEX (Ativos fixos + NCG)
Estimativa dos gastos pré-operacionais do projeto
Aplicação das melhores técnicas para decisão do investimento
Dimensionamento dos riscos assumidos e impactos no custo médio de capital (WACC)
Orientação para o melhor regime de tributação
Business Plan
Por Lawrence Machado
Importante é compreender como a economia atual pode afetar diretamente a vida das empresas no Brasil. Principalmente as pequenas e médias empresas, que são responsáveis por grande parte do PIB brasileiro.
Uma terminologia que deveria ser bem conhecida pelos empreendedores de forma geral é o “risco”. Podemos definir risco como a chance de perda financeira, ou aquilo que pode ser qualificado como uma distribuição probabilística. Acontece que na maioria dos casos, a criação de negócios no país se dá pela necessidade e não pela oportunidade. Neste caso, a “chance” de errar é muito grande. Ainda mais quando não se tem um estudo preliminar sobre a demanda, ou seja, para quem vou vender; o que eleva consideravelmente o grau de risco. Há de se considerar ainda, o papel do custo do dinheiro no investimento.
Assim, o dinheiro possui somente dois caminhos para seguir, ou seja, o proprietário do dinheiro tem duas oportunidades para seu uso: ou vai para investimento, que tem como objetivo proporcionar dinheiro novo, ou retorno; ou vai para aplicação, que tem como objetivo gerar receita financeira. E o objetivo da empresa não deveria ser somente o lucro, mas também a maximização da riqueza do acionista, que será alcançada através da obtenção, no longo prazo, de ingressos de caixa superiores aos desembolsos.
Como retorno tem relação direta com risco (quanto maior o risco assumido espera-se maior retorno), o entendimento sobre como uma crise afeta uma economia fica mais claro. Os agentes econômicos estão a todo o momento, buscando a maximização da sua riqueza. Só que expectativa tem também sua limitação. Quando as expectativas de retorno suficiente para cumprir com a necessidade da riqueza não conseguem mais serem atendidas, a relação se inverte. A proteção, ou a prudência, começa a tomar lugar neste momento. Os agentes preferem guardar dinheiro em detrimento do seu gasto. O grau de incerteza se fortalece. É o que acontece atualmente na economia. Como as expectativas não tem um amparo seguro da sua conclusão é preferível recuar e aguardar como o mercado se ajustará. Neste caso, o Estado tem um papel importante na intervenção, como por exemplo, no uso da taxa de juros da economia (Selic), no uso do crédito etc. Os incentivos na economia são importantes para não deixar que a “incerteza” tome proporções maiores e prejudique o mercado como um todo.
Então, as micro e pequenas empresas de uma maneira geral também são afetadas em grande escala pelo efeito de uma crise, seja qual for sua origem. Como a demanda decresce, as empresas são obrigadas a se posicionarem de forma criativa, inovadora e potencializadora, para que os recursos continuem circulando na economia. Os efeitos perversos da não circulação podem tomar uma proporção destruidora e complexa.
Desta maneira é necessário entender que a contribuição das micro e pequenas empresas no crescimento e desenvolvimento do País é a de servirem de “colchão” amortecedor do desemprego. Atuam como alternativa de ocupação para uma pequena parcela da população que tem condição de desenvolver seu próprio negócio. E também como uma alternativa de emprego formal ou informal, para uma grande parcela da força de trabalho excedente, em geral com pouca qualificação, que não encontra emprego nas empresas de maior porte.
Uma recomendação: uma crise econômica assusta sim. Não se deve pensar que uma empresa local não tem como ser afetada por uma crise internacional. Ainda mais com um mundo tão conectado. Resguardando as proporções, a origem de uma crise é uma só: incerteza em função do grau do risco assumido. Todos nós podemos sim ser afetados, seja de uma forma mais forte ou mais branda. O que não podemos aceitar é a sua permanência e, sim, criar, inovar e desenvolver atitudes que viabilizem a circulação do capital no mercado.
Por Lawrence Machado
A avaliação de desempenho da empresa e a atratividade do empreendimento para os acionistas é uma preocupação constante e central dos administradores financeiros. Isto tem ao longo dos últimos anos, assumido uma conotação particular de desafio, pois as estratégias utilizadas no gerenciamento do negócio têm sido questionadas pelos Conselhos/Direção de Administração, embora sem uma visão clara das ações empreendidas e de suas verdadeiras conseqüências.
Identificar precisamente as estratégias utilizadas e fundamentalmente, avaliar a viabilidade econômica e financeira da empresa é fundamental como ferramenta de gestão e estratégia através de relatórios que serão apresentados ao “Board” para a definição dos rumos a serem seguidos nos próximos anos.
Os estudos de viabilidade financeira se baseiam no fluxo de caixa, tanto a curto, médio e longo prazo, dentro de toda a estrutura de receitas, custos e despesas apuradas e projetadas na empresa. Já as análises econômicas permitem um conhecimento muito maior do investimento, como Taxa Interna de Retorno (TIR%), Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM%), Valor Presente Líquido (VPL), Rentabilidade, Lucratividade, Pontos de Equilíbrio, Payback’s Efetivo e Descontado, Lucro Mínimo para Sobreviver, Lucro Suficiente para Crescer, MKT Value.
Representa uma tradução do valor de mercado de um empreendimento (Valuation), seja este empreendimento uma empresa ou um negócio integrante de uma estrutura maior, esteja ele em fase operacional ou de projeto, com base no valor que tal empreendimento gerará em determinado horizonte de projeção.
São muitas as metodologias de apuração de valor e desempenho de empresas, como por exemplo, a Avaliação Patrimonial Contábil, a Avaliação Patrimonial de Mercado e a Avaliação com Base no Fluxo de Caixa Descontado. Em passado relativamente recente foi desenvolvida uma abordagem diferenciada que está baseada no conceito de Valor Econômico Agregado (também conhecido como “EVA – Economic Value Added”) e que leva em consideração de forma mais estruturada um elemento fundamental: a questão do custo de capital próprio como custo de oportunidade.
Para isso, é fundamental a introdução de princípios de “Governança Corporativa”, no qual se baseia nos princípios de transparência, eqüidade, prestação de contas (accountability) e ética. São as práticas e os relacionamentos entre os acionistas/cotistas, diretorias, consultorias independentes e contabilidade fiscal, com a finalidade de aperfeiçoar o desempenho da empresa e facilitar o acesso de capital. E isto, não fica restrito somente a grandes corporações, mas também, às pequenas e médias empresas.
Por Lawrence Machado
A avaliação de desempenho da empresa e a atratividade do empreendimento para os acionistas é uma preocupação constante e central dos administradores financeiros. Isto tem ao longo dos últimos anos, assumido uma conotação particular de desafio, pois as estratégias utilizadas no gerenciamento do negócio têm sido questionadas pelos Conselhos/Direção de Administração, embora sem uma visão clara das ações empreendidas e de suas verdadeiras conseqüências.
Identificar precisamente as estratégias utilizadas e fundamentalmente, avaliar a viabilidade econômica e financeira da empresa é fundamental como ferramenta de gestão e estratégia através de relatórios que serão apresentados ao “Board” para a definição dos rumos a serem seguidos nos próximos anos.
Os estudos de viabilidade financeira se baseiam no fluxo de caixa, tanto a curto, médio e longo prazo, dentro de toda a estrutura de receitas, custos e despesas apuradas e projetadas na empresa. Já as análises econômicas permitem um conhecimento muito maior do investimento, como Taxa Interna de Retorno (TIR%), Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM%), Valor Presente Líquido (VPL), Rentabilidade, Lucratividade, Pontos de Equilíbrio, Payback’s Efetivo e Descontado, Lucro Mínimo para Sobreviver, Lucro Suficiente para Crescer, MKT Value.
Representa uma tradução do valor de mercado de um empreendimento (Valuation), seja este empreendimento uma empresa ou um negócio integrante de uma estrutura maior, esteja ele em fase operacional ou de projeto, com base no valor que tal empreendimento gerará em determinado horizonte de projeção.
São muitas as metodologias de apuração de valor e desempenho de empresas, como por exemplo, a Avaliação Patrimonial Contábil, a Avaliação Patrimonial de Mercado e a Avaliação com Base no Fluxo de Caixa Descontado. Em passado relativamente recente foi desenvolvida uma abordagem diferenciada que está baseada no conceito de Valor Econômico Agregado (também conhecido como “EVA – Economic Value Added”) e que leva em consideração de forma mais estruturada um elemento fundamental: a questão do custo de capital próprio como custo de oportunidade.
Para isso, é fundamental a introdução de princípios de “Governança Corporativa”, no qual se baseia nos princípios de transparência, eqüidade, prestação de contas (accountability) e ética. São as práticas e os relacionamentos entre os acionistas/cotistas, diretorias, consultorias independentes e contabilidade fiscal, com a finalidade de aperfeiçoar o desempenho da empresa e facilitar o acesso de capital. E isto, não fica restrito somente a grandes corporações, mas também, às pequenas e médias empresas.
Coluna publicada na Revista AVISA edição outubro 2012 por Lawrence Machado
Final de ano chegando e muitas pessoas já pensam nas compras e festas natalinas. Trata-se de uma temporada que merece grande atenção quanto ao controle financeiro, pois contar com 13º salário, remuneração de férias, premiação ou participação nos lucros traz consigo maiores gastos. Ao mesmo tempo em que as receitas aumentam os gastos acompanham em escala desproporcional. Viagens festas, presentes etc. Controlar as finanças pessoais neste momento pode fazer grande diferença na hora de honrar os compromissos sem depender de terceiros.
Diariamente é muito comum as pessoas ficarem no limite de seu orçamento financeiro, gastando tudo que recebe e, até mesmo, tendo que recorrer a cartão de crédito ou empréstimos pessoais. Ainda mais depois deste período, onde a concentração de gastos aumenta em função de obrigações no início de ano, como por exemplo, IPTU, IPVA, matrícula e material escolar etc. Estatisticamente, os brasileiros costumam gastar todo mês o equivalente ao seu rendimento. Vale também para quem ganha muito. Pensar em poupança é algo que não faz parte da cultura do brasileiro. É mais fácil encarar parcelamentos para adquirir bens e serviços do que poupar para comprar depois. A ilusão da economia estabilizada pela inflação baixa leva as pessoas a assumirem compromissos sem nenhum planejamento, pois o ganho no salário traz consigo uma confiança “extra” na hora de comprar. É possível relacionar a estabilidade a um estado de “tranquilidade”. É aí que mora a grande armadilha. Planejar as contas pessoais neste momento é condição sine qua non. Mais do que em períodos inflacionários. É fato que naqueles cenários, a perda do poder aquisitivo em função da escalada inflacionária trazia grande transferência de renda, ou concentração de renda na mão de quem detinha mais dinheiro. O ganho se dava na especulação. Para quem era assalariado, sua conta era mais imediata, pois se não consumisse naquele momento, poderia não mais ser possível manter o mesmo volume por causa dos aumentos dos preços. Por estarmos em situação diferente não isenta a necessidade de controlar as finanças pessoais. Muito pelo contrário, a preocupação agora deve ser eminente. O arcabouço criado pelo ganho no salário leva ao consumo exagerado e, no curto prazo, o comprometimento do orçamento. Outro fator relevante da estabilidade se dá no acesso ao crédito. Assim, assumir mais crédito passou a ser ordem na economia.
Conforme dados publicados pela pesquisa realizada pela Proteste Associação de Consumidores em 21 de agosto deste ano, o comprometimento do orçamento doméstico com dívidas é em média de 42%, segundo estudo sobre o endividamento do brasileiro. Para uma renda média mensal de R$ 2.401,00, as famílias que responderam ao levantamento desembolsam R$ 1.009,45 para pagamentos de débitos parcelados. Para a classe C, com renda familiar média de R$ 1.899,63, o comprometimento é um pouco maior, de 46,36%. A Proteste fez 200 entrevistas dividas em São Paulo e Rio de Janeiro. A pesquisa mostrou ainda que o cartão de crédito, usado principalmente para o parcelamento de compras, é um dos instrumentos mais utilizados para financiar a aquisição de bens. Mais da metade dos participantes (56%) afirma ter um ou dois cartões de crédito, com limite entre R$ 500,00 e R$ 3.000,00. Quase 40% não pagam o total da fatura à vista, o que lhes deixa sujeitos às altas taxas de juros cobradas pelos bancos.
Três fatores impulsionam o endividamento das famílias: a facilidade na obtenção de crédito, os juros elevados e também a falta de planejamento doméstico. Simulação feita pela associação atribui parte do aumento do endividamento das famílias brasileiras à alta taxa de juros. O exercício toma como base os valores médios das prestações, o montante financiado e o prazo médio de pagamento. O custo efetivo total por famílias é de 189% ao ano, isto é, quando a família assume uma dívida paga-se quase 200% por ano a mais que o valor real do bem.
Daí a necessidade de discutirmos sobre controle financeiro. Aliás, controlar não é tão complicado como muitos pensam. Vamos entender esse processo.
Um controle eficaz do seu patrimônio compreende, entre outros fatores, o estabelecimento de metas e a perseguição de objetivos. O importante é que sejam traçadas estratégias para atingi-los. Após definido um planejamento, outra etapa de igual importância é o acompanhamento de sua realização e a correção dos percursos. É aí que entra em ação a função de controle financeiro. Ou tem Controle ou não tem. Mais ou menos não existe. Muito menos “eu acho”. E só vai ser eficaz quando for capaz de modificar resultados. Assim, controlar as despesas é mais fácil do que se pensa, e com algumas dicas simples você pode começar a economizar. O primeiro passo é fazer um controle financeiro pessoal, colocando no papel o que você ganha e gasta. Ao final de um mês anotando todos estes gastos, que pode ser num software de controle financeiro pessoal, ou numa planilha do Excel, e até mesmo num movimento de caixa que pode ser comprado numa papelaria, dá para ficar surpreso com o quanto se consome com despesas muitas vezes desnecessárias. Liste todas as pessoas que você precisa presentear. Defina um valor máximo para cada presente e calcule o total que irá gastar. Aproveite o momento de final de ano onde a possibilidade de negociação e desconto é muito grande em função da grande procura. Se for possível, procure adiar as compras do natal onde os descontos são maiores pela liquidação. Procure programar suas viagens em períodos de baixa temporada, pois os preços são bem melhores. Evite pagar cartões de crédito parcelados e pegar empréstimos para honrar pagamentos. Atenção: isso não ajuda. Só prejudica. Os juros são altíssimos que comparados com aplicações dá para assustar. Assumir mais juros é pagar mais despesa. Mais despesa sobra menos no orçamento doméstico. A dependência de parcelar cartões e empréstimos pessoais é um grande sinal que seu controle está errado. Cartão de crédito é muito interessante se a disciplina for grande. Podemos ter 40 dias ou mais de prazo para pagamento. Parcelar a fatura do cartão jamais. Por isso, a programação do seu ganho em função do cartão é primordial.
Tente pelo menos praticar. Não significa que vai sempre dar certo. Errar faz parte do processo. É no erro que se tem condições de corrigir.
Outra dica importante é praticar controle financeiro com objetivo de sobrar uma parte da sua renda para aplicação. É desta maneira, que o patrimônio cresce.
Pense nisto! Aproveite este momento de final de ano e invista no seu controle pessoal. Você vai ver que vale a pena!
Por Lawrence Machado
Em tempo de crise, um bom planejamento financeiro familiar ajuda muito a encarar períodos difíceis. Ainda mais por se tratar de prever com antecedência todos os fatores que impactam diretamente o orçamento de casa, como amparo a familiares, investimentos em negócios, crise financeira, herança, mudança na carreira profissional, previdência privada para a família, seguro de vida, educação dos filhos, etc.
Primeiramente, é importante entender o sentido da palavra “orçamento”, que significa o planejamento das receitas e das despesas de um período, que deve ser de curto, médio e longo prazo. Para tanto, planejar significa estimar o futuro, ou seja, ter uma previsão e tentar realizar pelo menos o possível. Mas, sempre objetivando a verdade. Esta estimativa permite que a pessoa visualize de forma organizada como estão suas contas hoje e como elas ficarão num determinado período de tempo à frente. Neste caso, existe um grande trade-off[1]: como estimar um futuro se o mesmo é incerto? Aí está a razão do orçamento. Enxergar o que vai acontecer com as contas da casa não significa o acerto total, mas ter a intenção de minimizar o risco de algo sair errado é fundamental.
As pessoas, ao gastarem seu dinheiro, sempre o fazem com alguma finalidade específica. Assim, quando vão ao supermercado para realizar compras estarão gastando seu dinheiro com a finalidade específica de atender às suas necessidades básicas como, por exemplo, a alimentação. Mas não é tão simples. Além da satisfação das nossas necessidades, somos movidos também pelos desejos, às vezes incontroláveis. É desta forma, quando compramos por impulso, quando cedemos à pressão da propaganda ou de familiares, entre outras causas. Neste caso, a sabedoria é colocada em xeque e o orçamento doméstico tende a entrar em colapso.
Em períodos de crise, o risco é ainda maior. Neste caso a prudência deve tomar proporção elevada no orçamento doméstico. O que vai ser da economia em função das expectativas no mercado é muito duvidoso. Ter as contas bem orçamentadas, sejam suas receitas, como também as despesas é fundamental. Afinal, a regra é bem simples: não se deve gastar mais do que recebe e não se deve pagar antes de receber. Fazendo “o possível” a chance de ficar no vermelho é minimizada. O problema é lidar com responsabilidade, pois ser responsável é assumir gastos de acordo com sua renda, observando principalmente o limite da capacidade de pagamento. Contrair dívida não é o grande vilão. O problema é como lidar com a dívida e qual tipo de dívida está sendo contratada. Como exemplo, o cartão de crédito. Trata-se de uma grande ferramenta, mas para quem é responsável. Dependendo da data de vencimento e sabendo usar com sabedoria pode-se conseguir um prazo bem elevado no pagamento proporcionando outras oportunidades de aumentar a renda, como a aplicação. Ao contrário, se houver o descontrole e a incapacidade de pagar a conta na data do seu vencimento, o custo financeiro é bem alto e, consequentemente, sobrará menos para pagar as outras contas.
Se a economia apresenta riscos em função dos distúrbios das variáveis econômicas é melhor tomar cuidado. Existem várias maneiras de se atingir o mesmo objetivo. Por exemplo, se você sempre faz o mesmo percurso da sua casa para o trabalho e, se em determinado dia, seu caminho estiver interditado, você certamente encontrará uma forma alternativa de chegar ao seu destino.
Assim deve ser o planejamento financeiro familiar, ou seja, tratá-lo como um processo racional de administrar sua renda, seus investimentos, suas despesas, seu patrimônio, suas dívidas, objetivando tornar realidade seus sonhos, desejos e objetivos, tais como: casa própria, a educação dos filhos, a viagem dos sonhos, ser bem sucedido na carreira profissional, reduzir impostos, tornar-se empresário, aposentar-se confortavelmente, planejar e administrar testamento, etc. Tratar as finanças como somente não gastar mais do que ganha é entender que está fazendo somente uma parte do planejamento. Também são necessários outros aspectos, como objetivos bem definidos e metas (prazos) estabelecidas. Através do orçamento doméstico é possível identificar as oportunidades e enfrentar as dificuldades, proporcionando a definição antecipada das estratégias para enfrentar cada situação.
Procure fazer alguns ajustes nas despesas. Some os valores que podem ser economizados mensalmente e projete para um período de 12 meses. Que tipo de bem você poderia adquirir ou quanto estaria poupando naquele período? Priorize, controle e realize. Afinal, “a gestão do fluxo de caixa é o diferencial entre sonhadores e realizadores”.
Artigo Publicado na Revista Avisa Ed. Junho 2012 por Lawrence Machado
Política de Juros do Brasil: O Cenário em Função da Nova Ordem
Por Lawrence Machado publicado na Revista AVISA Ed. Junho 2012
A política de juros no Brasil vem surpreendendo ultimamente. Também, para quem viveu períodos com taxas “astronômicas” num passado não muito distante, sabe muito bem o que isso impacta na vida das pessoas e, sobretudo, na vida das empresas. Vamos entender isso.
SELIC[1] é um sistema informatizado que foi criado para gerenciar a emissão e negociação dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. É a taxa de financiamento no mercado interbancário para operações de um dia, ou overnight[2], que possuem lastro em títulos públicos federais, títulos estes que são listados e negociados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou SELIC. É também conhecida como a taxa de juros (referencial) do Brasil definida em reuniões constantes pelo BACEN[3]. Assim, a cada 45 dias o COPOM[4] se reúne e decide se a taxa básica da economia brasileira vai continuar estável, ou se vai subir, ou mesmo cair. Quando o BACEN precisa de dinheiro ele paga essa taxa para realizar a captação. Serve como referência para todas as outras taxas na economia. De uma forma geral, as taxas cobradas pelos bancos comerciais são formadas por vários fatores, entre eles o custo de oportunidade (Taxa SELIC), o risco do cliente, o risco de mercado, o spread[5], a garantia, o custo de captação, o over head[6], a cunha fiscal, o volume de empréstimos (provisionamento), o prazo, o apetite pelo negócio, a alavancagem, a forma de pagamento, o valor e o market-share[7] objetivado. Quanto maior um desses fatores ou mais, maior será a taxa cobrada pelos bancos.
Tratando dos títulos públicos, quem deve dinheiro é o governo. É um empréstimo que o governo faz com quem compra o título e o risco de inadimplência quando se trata do governo é mínimo, pois um título do governo que garante a seu portador $100 de juros após 30 dias não tem risco, pois não há variabilidade associada ao retorno.
Agora, um investimento equivalente de $100 nas ações ordinárias de uma empresa, que durante o mesmo período de tempo podem render algo entre $0 e $200, é muito arriscado devido à alta variabilidade de seu resultado (GITMAN, 2004).
Em contrapartida, os bancos realizam operações entre si, para financiar seu orçamento com operações de curtíssimo prazo, conhecidos como Depósitos Interbancários (DI), no qual oferecem seus títulos como garantia. Como os títulos não possuem risco, ou praticamente nulo, sendo o governo como devedor, se essas operações utilizam como garantia os títulos públicos, que possuem seus juros baseados na taxa SELIC todas as outras operações mais arriscadas irão tomar a taxa como referência para fazer o cálculo das suas taxas. Torna-se referência para todas as taxas da economia brasileira e se torna conhecida como a “taxa básica de juros”. É aí que entra seu papel na vida dos agentes econômicos, que pode ser um indivíduo, uma família, uma empresa, um país, um banco central ou qualquer outro tipo de decisor econômico. Sua interferência se dá principalmente através de duas variáveis: o crédito e a inflação.
No caso do crédito, sua influência acontece quando da contratação de empréstimos ou financiamentos para compra de veículos, imóveis, os eletroeletrônicos, ou bens de consumo duráveis. Os bancos ofertam dinheiro para cobrir as necessidades ou expectativas dos consumidores e, para isto, cobram juros pelo “aluguel” do dinheiro. É claro que esses juros são mais altos em relação às taxas que pagam nos seus empréstimos. Conclusão: quanto maior a taxa SELIC, maiores as taxas de juros cobradas no varejo, e consequentemente, afetam o poder aquisitivo da população, ou capacidade de pagamento das famílias. Para as empresas, funciona como um custo de oportunidade. Ora, se a taxa básica de juros aumenta o crédito para o financiamento das operações de curto e longo prazo também aumenta. Isso significa que os empreendedores ao compararem com a remuneração de títulos darão preferência na sua aplicação ao invés de investir no próprio negócio. Haverá uma inversão provocando um desincentivo na produção. O próprio negócio não consegue superar o risco em relação às aplicações. Menos produção implica em menor contratação de pessoas e, por conseguinte, menor renda na economia culminando num menor nível de inflação.
No caso da inflação, que significa aumento generalizado dos preços, o poder aquisitivo da população diminui em função da lei da oferta e da procura, pois os preços sofrerão aumentos por causa do incremento na demanda sobre os produtos. É aí que a taxa de juros da economia entra em ação através das decisões tomadas pela política monetária. Uma das medidas de contenção da inflação está justamente no aumento da taxa referencial, porque assim o crédito na praça ficará mais caro. As famílias ficarão mais cautelosas na hora de contrair dívidas. Neste caso, a procura por produtos irá diminuir o que forçará a oferta cair também. Preços mais baratos na economia é sinal de que as pessoas poderão comprar mais.
Dependendo do perfil de cada um dos agentes uma mudança na taxa básica pode ter um impacto direto ou indireto. É direto quando o efeito recai sobre quem investe em fundos DI, onde grande parte do portfólio destes fundos é aplicada em papéis pós-fixados que seguem a remuneração da SELIC. Uma redução na taxa referencial reduz a rentabilidade destes fundos. Em contrapartida, esta redução tem impacto indireto sobre os agentes que tomaram dinheiro emprestado. Provoca uma queda nas taxas de captação dos bancos. Isto, em parte, daria condições aos bancos de cobrar menos pelos seus empréstimos.
Apesar destes impactos, a mudança nas taxas de juros anunciada pelo governo tem causado algumas decepções para as famílias, pois o acesso aos benefícios dessa redução não está sendo feito de modo a atender as expectativas. Primeiramente, ainda persistem as manobras dos bancos em oferecer a taxa menor somente nos empréstimos de curtíssimo prazo vinculado há um tempo mínimo como cliente do banco.
Por outro lado, a redução na SELIC pode trazer a inflação em função do estímulo dado à economia pelo incentivo na produção, além de reduzir o custo da dívida pública. A taxa mais baixa afeta também o câmbio estimulando as exportações, no momento em que contêm a entrada de dólares no país e a diminuição da queda do valor do dólar.
De um jeito ou de outro, os pós e contras sempre vão existir, em qualquer situação na condução dos instrumentos da política monetária, cambial ou fiscal. Cabe aos agentes se adequarem e pressionarem os meios para atender suas expectativas, principalmente na escolha de qual banco se relacionar.
[1] Serviço de Liquidação e de Custódia
[2] Indica as aplicações financeiras feitas no open-market em um dia para ser resgatado no dia seguinte (dia útil seguinte). São também conhecidas simplesmente como Over.
[3] Banco Central do Brasil
[4] Comitê de Política Monetária
[5] Margem de Lucro
[6] Custo Fixo
[7] Termo que designa a participação de uma empresa em algum ramo de atuação.
Por Lawrence Machado
Um dos aspectos mais importantes na vida econômica e financeira de qualquer empresa consiste na fixação dos preços dos produtos e serviços comercializados. Têm relação direta com o crescimento econômico e sustentabilidade de um empreendimento. Pode até não ser a conclusão do sucesso empresarial, porém uma precificação errada levará ao fracasso.
Para tanto, há a necessidade de se buscar a perpetuidade (longo prazo), ou seja, a maximização do lucro.
Outra situação curiosa é que não basta vender mais, mas sim vender com mais lucro. Vendas elevadas sem geração de caixa suficiente levam a problemas financeiros, pois exigirão volume de estoques elevados e, consequentemente, maior volume de contas a pagar.
Empresas com baixa geração de lucro tendem a fluxo de caixa mais apertado. E com razão. Vale lembrar que o lucro é a principal fonte de financiamento de curto prazo, também chamado de Capital de Giro. Muitos não entendem a relação do lucro com o fluxo de caixa. Lucro não é uma “ficção contábil”, como alguns ditos “gurus” do mercado costumam a afirmar. Como geração de caixa, tem que aparecer no fluxo financeiro. É ele que fornece a força para o funcionamento da atividade principal da empresa, além de ser a peça fundamental para os investimentos necessários para manutenção, substituição e expansão da organização. A maximização e o retorno do capital empregado se dão por meio dos lucros acumulados. E como conquistar o lucro desejado? Na formação correta dos preços, que deve ser gerenciado pelo menos no alinhamento dos custos e despesas ocorridas, adicionado pela margem necessária para sua manutenção e expansão.
Assim, diferentes metodologias são apresentadas, como o método de formação de preços com base nos custos plenos, nos custos de transformação e no custo variável. São abordados, também, estruturação, construção e aplicação de mark-ups na formação de preços.
Gostaria também de reforçar que a formação do preço correta tem que ser suficiente para a cobertura do CMV (Custo da Mercadoria Vendida), dos impostos relativos à venda, das outras despesas variáveis, como comissões, fretes na entrega e encargos financeiros na venda a prazo, das despesas fixas, além da margem desejada. Se não contemplar todos estes itens, o preço estará errado. Pode até ajudar no curto prazo, mas no médio e longo prazo não sustenta. Quem acaba por ser prejudicado é exatamente o lucro, porque a parte variável não pertence a empresa, dito o CMV, comissões etc. e a parte fixa é aquela necessária para o funcionamento da atividade, ou seja, aqueles gastos imprescindíveis para a geração de receitas, ou de vendas, como por exemplo, aluguel, telefone, luz, contador etc.
Em breve estaremos com artigos mais específicos para a correta formação dos preços!